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MANHWA: UMA JANELA PARA A CULTURA COREANA

19 Agosto 2015 | 2276 Hit

Manhwa: Uma Janela Para a Cultura Coreana

 

Quando falamos sobre a popularização da cultura da Coreia do Sul é inevitável não mencionar o K-Pop e os K-Dramas como a porta de entrada que leva muitos jovens estrangeiros a se interessarem pelos mais diversos aspectos culturais do país. No entanto, uma casa não é feita apenas de portas, podemos também encontrar o caminho pulando uma janela. E entre as diversas janelas da Hallyu vamos tratar aqui das histórias em quadrinhos, mais especificamente do manhwa.

Manhwa (만화) é o termo utilizado na Coreia para designar as revistas de história em quadrinho em geral, no exterior o nome refere-se especificamente aos quadrinhos sul-coreanos. Ele se equivale ao mangá (quadrinhos japoneses) e ao manhua (quadrinhos chineses), tanto em suas definições quanto em sua origem, baseada na influência da arte clássica asiática de gravuras sequenciais, datadas do século X e usadas na divulgação dos preceitos do budismo.

Porém, apesar das equivalências, há uma grande diferença entre as revistas coreanas e seu respectivo japonês: o manhwa não é lido da direita para a esquerda como no mangá, ele segue o modelo de leitura ocidental, da esquerda para a direita, uma vez que o sistema de escrita coreano é linear e acompanha tal sentido de leitura.

O primeiro manhwa no estilo moderno foi publicado na Coreia em 1909, pelo manhwaga Lee Doyeong e intitulado ‘Sabhwa’ (삽화). Já a grande disseminação das histórias em quadrinhos coreanas aconteceu entre os anos 70 e 80, quando o mercado das revistas emergiu no país, visando primeiramente o público infantil, passando para o público feminino no começo da década de 90 e posteriormente para o masculino.

 

O Manhwa na Indústria do Entretenimento

 

Os manhwas são fonte de inspiração para a criação de muitos dramas, filmes e até mesmo jogos. Entre as influências em filmes, podemos destacar o famoso ‘Priest’ (프리스트) de Hyung Minwoo, do gênero horror e fantasia sombria, que ganhou uma adaptação cinematográfica em 2011, nos Estados Unidos. ‘Priest’ tem 16 volumes e foi publicado de 1998 a 2007 pela Daiwon C.I.

No plano dos jogos destaca-se Ragnarök’ (라그나로크), criado por Lee Myungjin e publicado a partir de 1995, com 10 volumes lançados até o momento. Este serviu de inspiração para o desenvolvimento do Ragnarök Online em 2002, um jogo de interpretação de personagens online e em massa para múltiplos jogadores” (MMORPG), onde milhares de jogadores são capazes de criar personagens em um mundo virtual simultaneamente. Foi o primeiro jogo online sul-coreano a ser exportado para outros países e se tornar um fenômeno.

Na televisão a lista é maior, os manhwas são os responsáveis pela origem de diversos K-Dramas de sucesso internacional como:

 

·      A Man Called God - Park Bongsung.

·      Bichunmoo - Kim Hyerin

·      DaeMul (Big Fish) - Park Inkwon.

·      Full House - Won Sooyeon.

·      Gaksital (Bridal Mask) - Huh Youngman

·      Goong: Palace Story - Park Sohee

·      Gourmet - Huh Youngman.

·      Iljimae - Ko Wooyung.

·      The Kingdom of The Winds - Kim Jin.

·      Sad Love Story - Ji Sangsin

·      Tamra: Love The Island - Park SoHee

·      Tazza - Huh Youngman.

·      War of Money (Money Warfere) - Park Yikwon.

 

O Manhwa no Brasil

 

O primeiro manhwa a ser publicado no Brasil foi ‘Chonchu - O Guerreiro Maldito’, de Lee Sungjae e Kim Byungjin, em julho de 2004, pela Conrad Editora. Ainda nesse ano a mesma editora publicou ‘Ragnarök’ de Lee Myungjin e a partir disso foi responsável por lançar ‘Angry’, Gui’, ‘Model’, ‘Dangu’, entre outros. As editoras Savana, Lumos, NewPOP e Panini Comics também investiram na distribuição de obras sul-coreanas. Confira a lista dos manhwas lançados no Brasil:

 

·      Aflame Inferno - Lim Dalyoung

·      A Noiva do Deus da Água - Yun Mikyung

·      Angry - Yoo Kyunwon

·      Ark Angels - Park Sangsun

·      Che: Uma Biografia - Kim Yonghwe

·      Chonchu - Lee Sungjae e Kim Byungjin

·      Dangu - Park Joonki

·      Gui - Kim Younoh

·      Kil-Dong  - Oh Sekwon

·      Model - Lee Soyoung

·      O Mensageiro de Banya - Kim Youngoh

·      Planet Blood - Kim Taehyun

·      Priest - Hyung Minwoo

·      Ragnarök - Lee Myungjin

·      Tarot Café - Park Sangsun

·      The Breaker - Jeon Geukjin

·      Veritas - Yoon Joonsik

 

 

 

Texto : Lara Rodrigues

Imagem : http://bit.ly/1WHzitl

Revisão e edição de texto : Priscila Chung

Arquivo em anexo