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No último sábado (15), o Centro Cultural Coreano no Brasil (CCCB) realizou a abertura da exposição Pintura Coreana: Carimbo e Design, do artista Suldurumi, para convidados especiais. O evento atraiu mais de 50 convidados, que ganharam brindes exclusivos com algumas das artes feitas pelo artista. Os participantes também participaram de um breve bate-papo com Suldurumi, que contou sobre um pouco sobre sua história e sobre as suas impressões sobre o Brasil. Na área da exposição, o público pôde experimentar a reinterpretação de pinturas tradicionais por meio de 20 carimbos disponíveis, criando suas próprias obras e levando-as como lembrança da experiência. Também há uma parede em que convidados podem deixar mensagens e desenhos. Um dos pontos mais queridos do público brasileiro foi a presença de um carimbo especial, feito para a exposição: a logomarca do Guaraná Antártica. No segundo andar, no espaço interativo da biblioteca, Suldurumi fez uma breve apresentação de sua trajetória como artista, dando um enfoque nos ensinamentos que aprendeu durante a sua carreira no mercado publicitário: “criar problemas para solucioná-los”. Da mesma forma que comerciais de fast food incluem comidas oleosas e bebidas refrescantes para gerar sede, o artista buscou encontrar quais eram os problemas que o Centro Cultural possuía para poder tornar a sua exposição mais completa. Um dos pontos principais da exposição é a possibilidade de levar suas próprias obras de arte para casa. A exposição é gratuita e tem a classificação de faixa etária livre. É possível visitá-la no Centro Cultural Coreano no Brasil, localizado no endereço Avenida Paulista, 460, até 29 de junho de 2025. Para mais informações, consulte o site ou as redes sociais oficiais da instituição.
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Nos dias 22 e 26 de fevereiro, o Centro Cultural Coreano no Brasil realizou a sua segunda edição do Clube do Livro de 2025. O livro do mês de fevereiro foi Contrapeso, do autor sul-coreano Djuna. A obra foi traduzida do coreano para o português por Luiz Girão, e publicada em setembro de 2024 pela editora Companhia das Letras. A história começou a ser desenvolvida em 2010 pelo autor, tendo inicialmente sido publicada como uma curta em suas redes sociais. Após 10 anos de desenvolvimento, o livro foi publicado em coreano em 2021 e traduzido para inglês em 2023. Em sua descrição oficial da versão em português, Contrapeso é descrito como “um romance cyberpunk, uma ficção policial e uma parábola contundente sobre a ambição neocolonial da Coreia do Sul e seus efeitos avassaladores.” Os encontros do Clube do Livro tiveram a participação de dois grupos de fãs da literatura sul-coreana, e foram ministrados por Luara França, que trabalha com livros há mais de 10 anos e possui grande experiência e afinidade com a literatura coreana. A mediadora destaca: “Como mediadora, tive o privilégio de acompanhar análises profundas sobre a construção do universo distópico da obra, as múltiplas camadas de identidade dos personagens e as críticas sociais sutis inseridas na narrativa. [...] Foi gratificante ver o engajamento dos participantes e a troca de perspectivas que tornaram os encontros ainda mais significativos.” A participante Mariana Pacheco também demonstrou a importância do clube na garantia do acesso à cultura coreana por meio da literatura: “O clube de leitura do Centro Cultural é muito importante, pois tem dado acessibilidade à esta literatura, que para nós é tão diferente, mas também tem ganhado mais visibilidade e tem nos mostrado uma nova visão sobre as obras literárias coreanas contemporâneas, nos apresentado uma nova perspectiva cultural. [..] É um momento muito gostoso, em que a gente interage tanto com a obra quanto com outras pessoas que têm essa experiência junto da gente.” A Denise, que havia lido anteriormente Pachinko, de Min Jin Lee, também citou como este espaço serve como uma porta de entrada para conhecer mais sobre a cultura coreana, e para preservar um espaço em que as pessoas possam cultivar seus interesses pela leitura: “Pachinko me impressionou muito e queria poder comentar sobre esses livros com as pessoas. Depois da primeira vez que vim, não consegui mais deixar de ler a os livros da cultura coreana e é sempre muito bom estar aqui. [...] com a leitura dos livros e com a conversa que a gente tem aqui, a gente chega um pouquinho mais perto de todas essas maravilhas que a gente encontra do outro lado do mundo.” Após um encontro de sucesso em fevereiro, o clube do livro continuará ocorrendo ao longo do ano e promete trazer mais títulos sul-coreanos para discussão.
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No dia 16 de fevereiro, o Centro Cultural Coreano no Brasil (CCCB) realizou uma apresentação de gayageum byeongchang, estilo tradicional coreano no qual os praticantes cantam e tocam o gayageum, um instrumento de cordas tradicional sul-coreano, no 3º Festival de Ano Novo Lunar – Seollal, no Bom Retiro, que foi organizado pela Feira do Bom Retiro. Com duração de 20 minutos, a apresentação contou com a participação da artista Soeui Yang, instrutora do curso de gayageum do CCCB, e de sete alunas, tendo sido muito aplaudida pelo público. Soeui Yang também perfomou o pansori, gênero de narrativa musical realizado por vocalista e um baterista, e a canção tradicional “Bangataryeong”. A performance foi encerrada com chave de ouro com a apresentação conjunta da artista e das alunas, que apresentaram canções folclóricas coreanas tradicionais, como “Arirang” e “Doraji”. Cheul Hong Kim, diretor do Centro Cultural Coreano no Brasil, afirma: “É muito significativo poder realizar uma apresentação tradicional de gayageum no evento de Ano Novo Lunar. Agradeço a instrutora e as alunas que apresentaram os frutos do seu aprendizado tão bem”.
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No dia 21 de fevereiro, o Centro Cultural Coreano no Brasil (CCCB) realizou simultaneamente o workshop “Aprenda a Ler Coreano em 2 horas” e uma aula especial com Yun Cheol Lim, mestre enviado pelo Kukkiwon (Sede Mundial de Taekwondo), em São Paulo. Antecedendo a abertura das inscrições para o primeiro semestre do curso de língua coreana da instituição, que está prevista para ocorrer em março, o workshop foi oferecido a fim de ajudar estrangeiros a compreenderem a estrutura do Hangeul, o alfabeto coreano, em um curto espaço de tempo. Conduzido por Young Eun Lee, professora nativa, o workshop contou com 24 participantes e abordou brevemente a história do Hangeul, sua estrutura de consoantes e vogais, e como lê-lo. Enquanto o workshop ocorria na sala de aula, uma aula especial de Taekwondo foi oferecida para 27 alunos do CCCB no térreo. Sob a orientação do mestre Yun Cheol Lim, a aula foi oferecida com o propósito de aprimorar os detalhes dos movimentos dos alunos, desenvolvendo ainda mais suas habilidades. Ambas as atividades foram gravadas pelo Instituto Central de Pesquisa de Estudos Coreanos (한국학중앙연구원, em coreano), uma instituição sob direção do governo coreano, e serão exibidos em abril deste ano.