A Coreia do Sul tem sido uma sociedade culturalmente homogênea, mas o número de trabalhadores migrantes e estudantes internacionais têm crescido rapidamente desde o final do século XX. De acordo com o Censo da População e Habitação conduzido em novembro de 2017, o número de estrangeiros residentes no país ascendia a 1,48 milhões, representando cerca de 2.9% do total da população. 48% desses eram cidadãos chineses.
Estrangeiros residentes na Coreia do Sul (Statistics Korea, 2017)
Recentemente, o número de famílias multiculturais aumentou dramaticamente para 319.000, em grande parte como resultado de um elevado número de casamentos entre coreanos e estrangeiros. O governo lançou um escritório dedicado ao fornecimento de suporte às atividades sociais de cidadãos estrangeiros no país e promulgou a Lei de Apoio a Famílias Multiculturais. De acordo com ela, centros de apoio a famílias multiculturais (www.liveinkorea.kr) foram abertas em 217 locais ao redor do país a fim de fornecer os seguintes serviços: sessões de educação da língua coreana destinadas a auxiliar estrangeiros a se adaptarem à vida na Coreia; aconselhamento psicológico; eventos que mostram a cultura de cônjuges estrangeiros; e programas de apoio ao emprego com agências afiliadas, como novos centros de emprego.
O governo está tomando diversas medidas em reconhecimento das culturas estrangeiras e realizando esforços a fim de evitar problemas sociais que possam resultar do influxo de culturas estrangeiras. Uma dessas medidas consiste no apoio à transformação de aldeias multiculturais em destinos turísticos.
Chinatown em Seollin-dong em Incheon é talvez o exemplo mais representativo da cultura estrangeira única na Coreia. A história do palácio começou quando a etnia chinesa se instalou ali, aproveitando sua proximidade geográfica com a China, no final do século XIX. Hoje em dia, a área serve de base avançada para os intercâmbios do país com a China e emergiu como um novo destino turístico para entusiastas da história e da cultura.
Há uma zona multicultural especial em Wongok-dong, Ansan, Província de Gyeonggido. Pessoas da China, Índia e Paquistão que vivem ali podem comprar especialidades de seus países de origem na zona. Há uma vila japonesa em Ichon-dong, Yongsan-gu, Seul; uma vila muçulmana perto da mesquita em Itaewon-dong, Yongsan-gu, Seul; uma aldeia francesa (Vila Seorae) em Banpodong, Seocho-gu, Seul; uma cidade vietnamita fica em Wangsimni, Dongdaemungu, Seoul; e uma cidade nepalesa em Changsin-dong, Jongno-gu, Seoul.
Em 2013, o Governo Metropolitano de Seoul escolheu Daerim 2-dong em Yeongdeungpo-gu, onde residem muitos estrangeiros, como uma área de teste para um projeto para revigorar comunidades de vilarejos multiculturais. Posteriormente, um novo centro de complexo cultural foi inaugurado na área em março de 2018.
Atualmente, vários coreanos nascidos no exterior estão servindo como funcionários públicos nos governos centrais ou locais. Residentes estrangeiros com várias origens culturais também estão trabalhando ativamente na indústria de radiodifusão. Tal participação na sociedade coreana contribuirá enormemente para a criação de um ambiente no qual a diversidade cultural coexista em harmonia e, além disso, para a integração social.