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KOREAN CULTURAL CENTER

Relatos de um intercâmbio na Coreia

22 Junho 2017 | 1331 Hit

O que uma universitária brasileira aprendeu em seis meses no outro lado do mundo.


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Vista do terraço da Biblioteca Metropolitana de Seul

 

Para que você estuda coreano? Como este idioma vai ajudar profissionalmente uma estudante de Direito? Essas foram perguntas que muito escutei (e ainda escuto!) acerca dos meus estudos relacionados ao idioma coreano.

O conhecimento de uma língua estrangeira oferece um conhecimento além de saber cumprimentar alguém ou perguntar o preço de um objeto. Aprender uma língua estrangeira te leva a compreender melhor um país, uma cultura e sua sociedade. E com o idioma coreano não é diferente. Há muito tempo desenvolvo uma curiosidade muito grande pelo idioma coreano, o que culminou em um intercambio em Seul, Coreia do Sul, no primeiro semestre de 2016.

A parceria entre a Universidade de Brasília e a Hankuk University of Foreign Studies é relativamente nova. São somente cinco anos de cooperação que levam até dois alunos por semestre a Coreia do Sul. Assim que completei os requisitos básicos para me candidatar, não hesitei em me inscrever. Ao receber a carta de aceitação da universidade, finalmente percebi que o meu sonho estava cada vez mais próximo de ser realizado.

Após o desembarque no enorme aeroporto de Incheon em uma noite fria de fevereiro de 2016, peguei um ônibus, sozinha, até a estação Cheongnyangni, onde estudantes coreanos esperavam os novos intercambistas que estavam chegando para o novo semestre.

Os alunos vinham dos mais diferentes lugares do mundo: China, Colômbia, México, Lituânia, Noruega, Estados Unidos, Japão... Nas duas matérias que cursei no Departamento de Estudos Internacionais, eram mais de 10 diferentes nacionalidades na sala de aula! Também fiz o curso intensivo de língua coreana oferecido pela universidade. Eram quatro horas por dia, de segunda a sexta, escutando e falando somente em coreano. Os professores ministravam a aula somente em coreano e os alunos, da mesma forma, somente poderiam perguntar e conversar em coreano. Essas regras nos forçavam a estudar bastante e assim, aproveitar ao máximo o tempo que tínhamos ali.

 

E não foi só com a experiência acadêmica que voltei ao Brasil. Ganhei também uma riquíssima bagagem cultural. Além da troca de experiências com professores e amigos, pude praticar os idiomas que estudo, ir a apresentações culturais dos mais diferentes ritmos, provar os mais diferentes sabores da culinária coreana, assistir a musicais, viajar a diferentes cidades... Foram experiências que enriqueceram muito os seis meses que morei na capital sul-coreana.

Além disso, cabe ressaltar que a Coreia não é só Seul! Tive a oportunidade de visitar Busan e a ilha Jeju. São realidades e sotaques tão diferentes que, apesar de a Coreia ser um país tão pequeno ao ser comparado com o Brasil, também carrega em si uma pluralidade cultural desconhecida por muitas pessoas. Mas essa pluralidade será, aos poucos, desvendada por outros capítulos deste projeto!

 

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Mural na Ihwa Mural Village, Seul, Coreia do Sul

 

Texto: Daniela Martins Lopes

Revisão: Centro Cultural Coreano

Imagens: Daniela Martins Lopes

*Esse texto foi elaborado em sua totalidade pelo Repórter Honorário da Cultura Coreana, não tendo ligação direta com a opinião do Centro Cultural Coreano. 

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